A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
AS FÁBRICAS E A POLUIÇÃO AMBIENTAL
A arrancada industrial teve início na
Inglaterra a partir do século XVIII. Deu origem às fábricas, primeiras unidades
produtivas, inicialmente voltadas para a produção de tecidos de algodão e de
lã. Cem anos depois, navios a vapor levavam essas manufaturas inglesas a todo o
planeta, enquanto as fábricas da Alemanha, da França e dos Estados Unidos
entravam na corrida pelos mercados mundiais. A partir da década de 1850, com a
chegada do petróleo e da eletricidade, o mundo moderno começa a se configurar.
A outra face
do crescimento industrial foi a degradação do meio ambiente, também em grande
escala. Os resíduos do carvão, que movia as máquinas a vapor, dos metais e de
outras substâncias eram simplesmente descartadas na água, no ar e no solo, sem
considerar os possíveis resultados de tais práticas. Hoje sentimos na pele os
efeitos dessa inconsequência, com os altos níveis de poluição associados ao
carvão, ao petróleo e à eletricidade.
Quase 90% de
toda a energia gerada no mundo provêm de três combustíveis fósseis: carvão,
petróleo e gás natural. O carvão, de uso mais antigo, é mais empregado
atualmente em países asiáticos, como a China, onde 70% da energia gerada resulta
da queima desse combustível. Além de estimular, juntamente com o petróleo, o
aquecimento planetário, o carvão contribui diretamente para as chuvas com alta
concentração de ácidos em sua composição. [...] Outros danos ambientais
resultam da poluição das águas e do solo, nas proximidades das minas de carvão.
Além disso, o homem destruiu florestas inteiras para obter carvão vegetal e
lenha. O desmatamento tornou os rios mais vulneráveis à erosão. [...]
AS ETAPAS DO PROCESSO DE
INDUSTRIALIZAÇÃO
O maior impacto das atividades
humanas sobre o espaço teve início nos últimos 270 anos, a partir da Revolução
Industrial, que paulatinamente promoveu a produção em massa de mercadorias e o
aumento da exploração de fontes de energia não renováveis e altamente
poluentes, como o carvão e, posteriormente, o petróleo. A consolidação da
produção industrial intensificou o consumo de matérias-primas, retiradas do
solo, do subsolo, dos mares, dos rios e das florestas, e a geração de resíduos.
Podem-se distinguir três períodos no
processo de industrialização em escala mundial:
Primeira Revolução Industrial: 1760 a 1850 – A Revolução se
restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção
de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor. A nova
indústria diferenciava-se do artesanato e da manufatura pelo intenso uso da
máquina no processo de fabricação, por isso ficou conhecido como maquinofatura.
Invenções como a máquina a vapor e o tear mecânico, contribuíram para o
desenvolvimento da indústria têxtil, uma das principais deste período.
A fonte de energia das máquinas a
vapor era o carvão mineral, que passou a apresentar grande importância, e por isso,
as principais indústrias em países como Inglaterra, frança, Alemanha e EUA,
foram instaladas nas proximidades das bacias carboníferas.
Segunda Revolução Industrial: Na segunda metade do século XIX (a
partir de 1860), a indústria passou por um processo de aprimoramento. Surgiram
novos setores industriais e novas fontes de geração de energia: o petróleo e a
eletricidade. A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica,
França, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência,
a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem. O transporte
também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor. A
metalurgia, a siderurgia e a indústria de automóveis ganharam grande
importância neste período.
Fonte: Fronteiras da Globalização. ALMEIDA. Lúcia Marina Alves de. RIGOLIN. Tércio Barbosa.
Internet.
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